Gasolina e Diesel: lucro abusivo nas bombas, devido aos carteis das distribuidoras e dos postos
Divulgado em 07/05/2025 - 14:00 por portoferreirahoje*
A tão aguardada redução nos preços dos combustíveis, anunciada pela Petrobras em suas refinarias, parece evaporar no caminho até o consumidor final.
Enquanto a estatal promoveu três cortes significativos no preço médio do diesel desde o início de abril, totalizando R$ 0,45 por litro, a realidade nas bombas dos postos de combustíveis é bem diferente. A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, expôs a frustrante situação, denunciando que distribuidoras e revendedoras estariam inflando suas margens de lucro, impedindo que o alívio nos custos chegue ao bolso dos motoristas e consumidores em geral
Segundo Chambriard, CEO da Petrobras, a dinâmica do mercado de combustíveis no país revela uma assimetria perversa: aumentos nos preços da refinaria são repassados instantaneamente aos consumidores, enquanto as reduções raramente chegam à ponta, e quando ocorrem, são em proporções muito menores.
"O que a gente tem visto, no frigir dos ovos, é aumento de margem; não da nossa, (mas) das distribuidoras e da revenda", acusa Magda Chambriard.
A perda de controle sobre a ponta da cadeia de distribuição, segundo Chambriard, é uma consequência da venda da BR Distribuidora (atual Vibra Energia) em um passado recente.
"Quando se vendeu a BR, a gente também perdeu esse instrumento de controle", lamentou a presidente, expondo uma vulnerabilidade no sistema que permite essa absorção das reduções por parte dos intermediários.
É urgente que órgãos de fiscalização e defesa do consumidor atuem de forma rigorosa para investigar essa retenção de preços e garantir que os benefícios das reduções nas refinarias cheguem efetivamente aos motoristas. A paciência dos consumidores tem limite, e a persistência dessa prática pode gerar ainda mais desconfiança e revolta em relação a um setor essencial para a economia do país. A transparência e a justiça nos preços dos combustíveis não são apenas uma questão econômica, mas também social.
*Fonte: www.novacana.com