Argentina em Crise: Idosos Abandonados e Reprimidos em Protestos Violentos
Divulgado em 13/03/2025 - 12:30 por portoferreirahoje*
A Argentina enfrenta uma onda de protestos intensos, com idosos e outros cidadãos revoltados com os cortes nas pensões e as políticas de austeridade implementadas pelo governo do presidente Javier Milei. Na última quarta-feira, a situação atingiu um ponto crítico quando milhares de manifestantes se reuniram em frente ao Congresso Nacional, em Buenos Aires, para expressar sua indignação.
A resposta do governo foi contundente: a polícia utilizou canhões de água e balas de borracha para dispersar a multidão, resultando em cenas de violência e confronto. O Ministério da Segurança reportou que, além dos aposentados, a manifestação contava com a presença de "hooligans" do futebol argentino, que foram flagrados atirando pedras e outros objetos contra os policiais.
A medida que desencadeou a fúria popular foi a decisão do governo Milei de promover cortes significativos nos gastos públicos, com o objetivo de restaurar o equilíbrio fiscal do país. No entanto, líderes sindicais e da oposição argumentam que essas políticas têm afetado desproporcionalmente os setores mais vulneráveis da sociedade, incluindo os idosos.
"Não é que não haja dinheiro. Há uma decisão política de abandonar nossos idosos", declarou o senador Martín Lousteau, da União Cívica Radical, em sua conta no X (antigo Twitter). O líder da oposição defendeu a necessidade de um Estado mais eficiente e da limpeza das finanças públicas, mas criticou a forma como os cortes estão sendo implementados. "O que não podemos permitir é que essas correções sejam feitas às custas da angústia, da saúde e do abandono dos nossos aposentados", acrescentou.
Até o momento, o governo não divulgou números oficiais sobre o total de prisões ou feridos em decorrência dos confrontos. No entanto, as imagens da repressão policial e os relatos de testemunhas revelam a gravidade da situação e a crescente tensão social na Argentina.
A crise dos idosos na Argentina expõe a fragilidade do sistema de proteção social do país e a urgência de um debate sobre as prioridades do governo em tempos de austeridade. A forma como a sociedade argentina lidará com essa questão definirá o futuro do país e o bem-estar de sua população mais vulnerável.
*Fontes: www.infomoney.com.br e portalverdade.com.br