Aperto Fiscal na Argentina feito sobre "as costas dos aposentados" gerou miséria e crise social
Divulgado em 10/03/2025 - 11:00 por portoferreirahoje*
A política de austeridade do presidente Javier Milei, simbolizada pelo uso da "motosserra" contra os gastos públicos, tem gerado um impacto devastador na vida dos aposentados argentinos. A inflação descontrolada, que ultrapassou os 20% mensais, somada aos cortes nos benefícios sociais, empurrou milhares de pessoas para a linha da pobreza.
Liliana Carci, de 70 anos, é um exemplo da situação crítica enfrentada por muitos. Com uma aposentadoria mínima e sem acesso a medicamentos gratuitos, ela se vê obrigada a cortar itens básicos de sua alimentação, como queijo e iogurte, e substituir carne bovina por frango, mais barato.
"Com esse valor, ninguém vive", desabafa Carci, que antes recebia um medicamento essencial para controlar o ácido úrico do Instituto Nacional de Serviços Sociais para Aposentados e Pensionistas (PAMI). Agora, ela não consegue mais o remédio, mesmo com a promessa do governo de acesso a pessoas de baixa renda.
A economista Elisabet Bacigalupo, da consultoria Abeceb, revela que 20% da redução do déficit fiscal do governo Milei foi alcançada às custas das aposentadorias, enquanto 12% vieram dos gastos sociais. A promessa de campanha de Milei de cortar gastos públicos para alcançar o superávit primário foi cumprida, mas o preço pago pela população mais vulnerável é alto demais.
*Fonte: www.estadao.com.br - Texto produzido com auxílio de IA