Economia & Renda: classe média cresce e predomina no Brasil pela 1ª vez desde 2015

Divulgado em 09/01/2025 - 12:00 por portoferreirahoje*

O Brasil voltou a ser um país predominantemente de classe média em 2024, conforme revela uma pesquisa recente da Tendências Consultoria. Pela primeira vez desde 2015, mais da metade da população brasileira se encontra na classe C ou em estratos superiores, sinalizando uma importante recuperação econômica.

De acordo com o estudo, 50,1% dos brasileiros agora pertencem às classes A, B ou C, com a classe C representando 31% da população. Esta faixa, considerada como classe média baixa, compreende famílias com renda mensal entre R$ 3.400 e R$ 8.100.

Mercado de trabalho impulsiona crescimento

O principal fator por trás desse crescimento foi o aumento da renda gerada pelo trabalho, que cresceu 7,5% no último ano. Em contraste, a renda proveniente da previdência aumentou 3,8%, enquanto os programas sociais tiveram um incremento de apenas 2,6%.

A classe C experimentou o maior aumento de renda, com 9,5% de crescimento, superando inclusive as classes A e B, que viram sua renda aumentar em 8%. Já as classes D e E tiveram um aumento mais modesto, de 1,6%.

Desafios na percepção da melhoria econômica

Apesar dos números positivos, o governo enfrenta dificuldades em transformar essa melhoria econômica em popularidade. Analistas apontam que fatores como a inflação persistente em alguns setores e o impacto das plataformas de apostas eletrônicas no orçamento familiar podem estar afetando a percepção da população sobre seu poder de compra.

O cenário atual, embora promissor, ainda está distante do auge da classe média brasileira observado entre 2009 e 2011. No entanto, as políticas de incentivo ao consumo interno e o aumento do salário mínimo indicam uma tendência de fortalecimento contínuo desse segmento da população.

A evolução da classe média brasileira representa um marco importante para a economia do país, sinalizando uma possível retomada do crescimento econômico mais inclusivo. Contudo, desafios permanecem, especialmente no que diz respeito à tradução desses ganhos econômicos em melhorias perceptíveis na qualidade de vida da população.

*Fonte: www.cnnbrasil.com.br