Novos golpes de iPhone: guia de cuidados para brasileiros

Divulgado em 02/10/2024 - 05:46 por portoferreirahoje

Novos golpes de iPhone: guia de cuidados para brasileiros

Há poucas coisas certas na vida: os impostos, a morte e, claro, o lançamento anual de um novo modelo de iPhone. As versões 16, 16 Plus, 16 Pro e 16 Pro Max do aparelho mal foram divulgadas em 9 de setembro, e mais uma grande constante da vida moderna se manifestou: golpistas se aproveitaram dos novos celulares como alvo de suas ações criminosas.

De fato, os primeiros golpes envolvendo o iPhone 16 exploram mais a expectativa em comprar os aparelhos do que as brechas de segurança deles. Confira a seguir as abordagens mais comuns até o momento e como se proteger contra elas.

Vendas abertas?

Desde que a Apple anunciou a nova geração de telefones, descobrimos vários detalhes interessantes, como o desempenho contínuo 20% superior ao do iPhone 15 Pro, a estrutura de titânio, um controle de câmera refinado com gravação em 4K a 120 quadros por segundo, as funções de inteligência artificial e outros elementos.

Porém, outro dado importante sobre os aparelhos e que está sendo ignorado é que ele ainda não está à venda. A data oficial divulgada de pré-venda no Brasil é 24 de setembro (13 de setembro nos EUA). Os preços anunciados pela Apple começam em R$7.799 para o iPhone 16 e em R$10.499 para os iPhone 16 Pro.

Os golpes que têm sido identificados por especialistas em cibersegurança consistem em anúncios e sites falsos oferecendo vendas com desconto e antecipadas dos aparelhos. Muitas das páginas de golpistas são bem-feitas e convincentes, tanto em aparência quanto em detalhes práticos, como campos para envio e cobrança similares aos de comércio eletrônico convencional.

Ao clicar na opção de compra, as vítimas dos golpistas são instados a informar dados pessoais, de cobrança e de envio para transferências, geralmente via PayPal. Além de perder uma quantia em dinheiro com esse procedimento, as vítimas colocam dados pessoais nas mãos de cibercriminosos, que podem revendê-los a outros golpistas em fóruns da dark web.

Além de prestar atenção nos descontos irreais num produto sequer lançado, é importante atentar ao fato de que a pré-venda dá direito à reserva somente no site da própria Apple.

Ferramentas de cibersegurança

Passada a fase da reserva de pré-compra, será possível adquirir o iPhone 16 por outras lojas. Nesse momento, será recomendável apenas escolher sites de lojas reconhecidamente confiáveis, mais uma vez evitando promoções “imperdíveis”.

Além disso, uma conexão VPN também é uma forma importante de potencializar a segurança ao fazer compras online. A VPN é um serviço virtual que estabelece uma conexão segura e privada à internet, por meio de um “túnel” virtual, que criptografa todas as informações trocadas no mundo virtual por seu usuário.

No contexto do comércio eletrônico, uma VPN poderá ser útil para evitar preços direcionados, sites falsos e certos tipos de ciberataques. Assinando a um serviço desse tipo, é inclusive possível preservar os detalhes do cartão de crédito na hora da compra, mesmo numa rede pública sem fio.

Golpes do suporte técnico e do monitoramento

Além de falsas plataformas para compras a preços improváveis, cibercriminosos usam a estratégia de atrair vítimas com auxílio para problemas sensíveis envolvendo celulares.

Os iPhones e outros produtos da Apple tipicamente são atualizados regularmente com novas versões do iOS – o notório sistema operacional da empresa. Alguns sites são constituídos por golpistas para “ajudar” com essa necessidade.

As atualizações são importantes para aprimorar a segurança e reparar falhas dos aparelhos. Sabendo disso, criminosos imitam com maestria em muitos casos o desenho das páginas da Apple, incluindo fontes de letras e ícones. Assim, se oferecem como sites oficiais de suporte técnico.

O objetivo desse golpe costuma ser roubar as credenciais do Apple ID, que é solicitado à vítima para proceder com a “atualização”. Informar o ID permitirá aos criminosos acessar dados e serviços vinculados ao aparelho – que podem incluir arquivos íntimos ou documentos delicados de trabalho, por exemplo.

Outra maneira de camuflar ataques virtuais como ajuda é oferecendo reparos para o celular da vítima. Como no outro golpe, a condição para obter o reparo será informar o Apple ID e talvez outras informações pessoais sensíveis. Alguns sites chegam a incluir a opção de relatar um roubo de aparelho e de monitorar um celular perdido – sempre fazendo o login com credenciais que serão usadas invariavelmente pelos criminosos virtuais.

Os prejuízos em revelar o Apple ID para bandidos são variáveis. Pode levar a infiltrações ao iCloud nas quais fotos, vídeos e backups do dispositivo poderão comprometê-los, por exemplo. Esse é o tipo de ação que pode trazer prejuízos não apenas ao indivíduo, mas também colegas de trabalho, cônjuges, parentes e contatos em geral.

A invasão da Apple Wallet pode ser ainda pior. Tal ação enseja desde uma violação de privacidade financeira até um eventual esvaziamento dos recursos da conta, com a retirada do dinheiro.

Em resumo

Apesar do entusiasmo que o lançamento de uma nova geração de iPhones traz, preste atenção nas datas de venda e pré-venda oficiais da Apple. Use uma conexão VPN para efetuar a compra e dirija-se somente ao site oficial da fabricante ou lojas virtuais de confiança. Evite “promoções imperdíveis”.

Algumas outras medidas práticas de segurança a serem tomadas:


  • Em caso de dúvida sobre uma promoção da Apple ou de uma loja virtual, consulte os perfis oficiais da marca nas redes sociais

  • Jamais clique em links de ofertas informados por e-mail

  • Nunca compartilhe informações pessoais

  • Ative a autenticação em dois fatores em todos os serviços digitais que puder

  • Denuncie transações suspeitas, caso perceba notificações em seu dispositivo

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