Saiba como é feito o Trabalho de Fisioterapia Domiciliar pela Secretaria de Saúde

Divulgado em 18/07/2019 - 07:00 por portoferreirahoje

A Secretaria de Saúde da Prefeitura de Porto Ferreira oferece aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) o serviço de Fisioterapia domiciliar, tendo como responsável a fisioterapeuta Carolina Cristina do Nascimento.

Trata-se de uma iniciativa nova quando comparada a outros serviços públicos que não fornecem a Fisioterapia domiciliar como adjunto à atenção básica. Até os dias atuais, por parte de alguns, este serviço ainda é desconhecido.

As guias médicas que são encaminhadas ao atendimento fisioterapêutico vêm aumentando consideravelmente, o que favorece na expectativa do serviço ser mais divulgado pelos próprios usuários do sistema, familiares e profissionais que trabalham na rede. Essas guias são de 10 sessões. Em média, são atendidos oito pacientes ao dia, com duração de 30 a 40 minutos a sessão, o que depende em grande parte da colaboração do paciente seguir as orientações recomendadas.

A melhora funcional do paciente, a desistência ou a falta de continuidade com os exercícios a serem realizados diariamente representam a alta domiciliar. É imprescindível por parte do paciente e de seu familiar ou cuidador a realização dos exercícios devidamente orientados para a recuperação e melhora de determinada função.

As orientações são simples, apenas para manter avanços como, por exemplo, movimentar os dedos, punhos e braços, ou tornozelos e joelhos; quando paciente neurológico dependente, é orientado quanto às mudanças de posicionamento, sobretudo quando se faz adaptações em cadeiras de rodas, a deixarem na posição sentada, o que auxilia tanto no sistema musculoesquelético como cardiorrespiratório.

A prática que fundamenta os recursos físicos da fisioterapia domiciliar alcançou novos modos de atendimento, em busca da recuperação e melhor abordagem de atendimento e tratamento dos pacientes.

A bola suíça é um recurso adicional, favorece no tratamento neuroevolutivo, podendo ser usada em crianças e adultos. O tamanho do paciente determina o tamanho da bola, para cada tipo existe uma sustentação máxima de peso. É importante para o trabalho de equilíbrio estático e dinâmico, integração sensório motora, alongamento, fortalecimento, treino postural e propriocepção. Além da criatividade e iniciativa do vínculo entre fisioterapeuta e paciente.

Os halteres, tornozeleiras e de pulso, são bem indicados para pacientes ganharem força muscular, desde que conscientes e que atendam ao comando verbal.

A eletroterapia, outro recurso favorecido pela Secretaria de Saúde, engloba, juntamente com a fisioterapia manual, um forte dispositivo para alivio de dores e contração muscular. São recursos que, adjuntos ao trabalho manual, favorecem a recuperação e melhora do paciente.

O tratamento com recursos da eletroterapia é utilizado desde os primórdios da civilização. Os povos mais antigos usavam os recursos da natureza, como o sol, o calor, a água e a eletricidade para alívio de dor e na cura de doenças, além do próprio movimento humano, para fins terapêuticos.

Os aparelhos disponíveis para a eletroterapia da fisioterapia domiciliar são, a seguir:

- Ultrassom (US): são vibrações mecânicas de alta frequência. Transforma a energia elétrica em energia mecânica. A frequência do US varia de 1 mhz a 3 mhz. Quanto menor a frequência, mais profundo o US atinge. O US pode ser utilizado na distribuição de onda contínua e pulsada. O contínuo é aquele cuja onda permanece constante ao longo do tratamento. O pulsado, a intensidade é interrompida, diminui a energia para os tecidos. Seus principais efeitos clínicos são semelhantes a outras formas de calor profundo, como aumento da extensibilidade das fibras de colágeno em tendões e cápsulas articulares, diminuição da rigidez articular, redução do espasmo muscular, modulação da dor e aumento do fluxo sanguíneo. O US é pró-inflamatório e não anti-inflamatório, pois acelera as fases da inflamação. Quanto às técnicas de aplicação, frequência do tratamento e contraindicações, cabe ao fisioterapeuta conhecer e determinar, pois parâmetros acima do recomendável tornam-se lesivos. O benefício do seu uso terapêutico alcança diversas patologias.

- Laser: é uma luz que emite irradiação. O comprimento da onda é específico e único, com frequência definida. O laser da fisioterapia tem potência de radiação baixa, de 2mW a 30mW. Quanto maior o comprimento da onda, maior a penetração, é o que difere um aparelho de outro. A energia emitida e absorvida atua como efeito anti-inflamatório, analgésico e regenerativo.

- Tens e FES: Tens (Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea), é um método que utiliza corrente elétrica aplicada à pele com finalidade analgésica. É uma corrente de baixa frequência (2 Hz a 200 Hz). Possui diversas formas de aplicação e frequência, o que varia de acordo com o objetivo do atendimento. FES (Estimulação Elétrica Funcional), de baixa frequência, indicado para estimular a contração muscular.

O atendimento da Fisioterapia domiciliar apresenta atualmente uma variabilidade nas respostas neurofisiológicas e comportamentais para as técnicas de estimulação apresentadas. Os pacientes que vem sendo atendidos com eletroterapia, adjunto ao atendimento com técnicas manuais, estão apresentando melhora mais rápida e satisfatória.

Um caso recente envolve o paciente V.J.C., 41 anos, casado, operário, trabalhador braçal de sustentação de cargas pesadas, foi encaminhado para Fisioterapia domiciliar para 10 sessões. Na avaliação, acamado, referiu dores na região de quadril posterior, com irradiação da dor em membros inferiores e sensação de fraqueza. Não conseguia andar, nem sentar, nem ficar em pé. Sua posição na cama era decúbito ventral. Avaliados os exames complementares, dentre eles a tomografia, revelou megapófise transversa direita com abaulamento e protusão posterior de L5 (desgaste da articulação vertebral). Relatou que possivelmente teria que realizar cirurgia. Após 15 sessões de fisioterapia e eletroterapia o paciente encontra-se até o presente momento reabilitado, sem indicação para o procedimento cirúrgico.

Nesse sentido, essas áreas de atuação, que envolvem o atendimento domiciliar e os novos recursos, estão proporcionando uma perspectiva promissora aos mecanismos que regulam a recuperação funcional do paciente após lesões.

Por Cléber Fabbri – MTb 30.118 - Assessoria de Comunicação, Cerimonial e Eventos

Fonte: www.portoferreira.sp.gov.br